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Diretor Clínico da Santa Casa pode renunciar ao cargo

O médico Humberto Rodrigues Junior, diretor clínico da Santa Casa de Misericórdia de Araras, pode pedir demissão do cargo caso o impasse quanto ao pagamento dos médicos que cumprem o plantão à distância no pronto-socorro da instituição não seja resolvido. A informação foi dada durante a participação dele na sessão ordinária da Câmara, nesta segunda-feira, 12 de março.
Segundo Rodrigues foram os advogados dele que passaram essa orientação. “Como posso estar à frente do hospital, sendo responsável por seu atendimento clínico, se esse atendimento não vai ocorrer como deveria?”, indagou.
O médico ocupou a tribuna a convite dos vereadores que integram a Comissão de Obras, Serviços Públicos, Educação, Saúde, Assistência Social, Juventude, Agricultura e Ecologia. Erinson Mercatelli (PMDB) e Breno Cortella (PT) são os principais vereadores responsáveis por dialogar com as partes envolvidas: os médicos da Santa Casa e a Prefeitura.
Os vereadores, além de contarem com a participação do diretor clínico na sessão, também o visitaram para a coleta de informações na semana passada. Já nesta semana a conversa foi com a administradora da Santa Casa, Eliana Aparecida Fogaça, também para colher mais informações.
 
Repasse
Os médicos querem que a Prefeitura de Araras aumente o repasse de verbas a fim de custear os plantões à distância dos profissionais que prestam o serviço no pronto-socorro da Santa Casa.
            O salário dos plantonistas foi estabelecido em junho do ano passado pelo Conselho Regional de Medicina. De acordo com a publicação no Diário Oficial quem cumpre a escola à distância deve ser remunerado com, pelo menos, um terço do valor pago ao médico que faz o plantão presencial na Santa Casa. No entanto, em Araras, a remuneração é a mesma desde 2003, quando o valor foi aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde.
Agora, para cumprir a determinação do CRM séria necessário que a Prefeitura destinasse cerca de 143 mil mensais apenas para cobrir os custos dos plantonistas. O valor é quase o total (R$ 150 mil) que a administração repassa por mês para cobrir gastos do pronto-socorro.
            De acordo com Humberto Rodrigues Junior, caso a situação não seja resolvida, às 7 horas desta quarta-feira os médicos ameaçam suspender o serviço. “A minha maior preocupação é com a grande parcela da nossa população, cerca de 96%, e que dependem exclusivamente do Hospital São Luiz porque não possuem convênio médico”, frisou o médico.
            Questionado pelos vereadores o diretor clínico disse que a possibilidade de negociação existe, chegando num valor interessante para os dois lados. “Mas essa conversa ainda não aconteceu”, disse ele.
 
Negociação
            Com todas as informações colhidas, de acordo com os vereadores que integram a Comissão de Saúde, o próximo passo é discutir a situação com o prefeito Luiz Carlos Meneghetti. A expectativa é que essa reunião aconteça ainda nesta terça-feira.
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Publicado em: 13/03/2007 15:05:00

Publicado por: Imprensa