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Livro histórico teve pesquisa em documentos da Câmara

            Vai se lançado nesta quinta-feira, 8 de novembro, o livro “Fazenda Montevidéo – Barões, Escvavos e Imigrantes na Formação do Oeste Paulista”. A obra é do historiador Fábio Eduardo Cressoni e chega ao conhecimento do público em noite de autógrafo programa na Biblioteca Municipal de Araras
            Para compor o texto Cressoni teve como base alguns documentos da Câmara de Araras. Das caixas de arquivo aos jornais que compõe uma das hemerotecas mais organizadas e completas da cidade.
Dividido em três capítulos, o livro demonstra como a lavoura cafeeira migrou, do Vale do Paraíba, para a região do Oeste Paulista, discutindo a participação de todos os personagens envolvidos neste processo. Em seguida, as tensões citadinas de uma jovem urbe são debatidas, revelando como escravos, imigrantes e cafeicultores disputavam o mesmo espaço, em uma luta, muitas vezes injusta para os mais fracos. Completando essa análise, o livro apresenta a maneira pela qual os cafeicultores dessa localidade se converteram em coronéis, figuras da política brasileira que, na busca pelo poder, travaram diversas disputas no município.
A iniciativa do historiador em resgatar um trecho da formação da cidade de Araras foi lembrada na última sessão da Câmara pelo vereador Breno Zanoni Cortella que concedeu a ele uma Moção de Congratulações pelo feito. “Partindo do micro para o macro, isto é, contemplando a realidade local em conexão com outras vivências mais amplas, a obra do historiador Fábio Eduardo Cressoni é leitura indispensável para aqueles que queiram compreender como alguns processos – economia cafeeira, urbanização, constituição do poder e mandonismo local – dinamizaram as relações entre grupos sociais diversificado no Oeste Paulista”, apresenta o vereador.
Proprietários agrícolas, escravos e imigrantes se encontram, todos em um mesmo cenário, uma pequena cidade localizada no Oeste Paulista, para comporem, cada um a seu modo, diferentes histórias. É a partir das experiências vivenciadas por estes grupos, sintetizadas através de diversas fontes de pesquisa, que antigas concepções sobre a história de Araras começam a se desmanchar.
Durante 18 meses, de dezembro de 2005 a março de 2007, o historiador levantou várias fontes, bibliografia, leitura, fichamento e escrita. Foram realizadas pesquisas nos Arquivo Público do Estado de São Paulo, Arquivo Público da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, Arquivo do Memorial do Imigrante, Arquivo da Cúria Diocesana de Limeira, Arquivo da Biblioteca Municipal de Araras, Arquivo da Câmara Municipal de Araras, Arquivo da Delegacia de Polícia Central de Araras, Arquivo da Fazenda Montevidéo, Acervo Virtual da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, totalizando 96 fontes primárias.
A Bibliografia pesquisada contou com 130 livros, oriundos da biblioteca particular do autor, biblioteca da Fazenda Montevidéo, biblioteca da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), biblioteca da Unicamp e obras de terceiros.
Foram entrevistadas: Celina Coimbra (filha do Cesário Coimbra), Lair Luís (ex-colono da Fazenda Montevidéo), Luizita Pereira Pinto (neta do Barão e Baronesa de Arary), Maria Marin (filha de italianos radicados em Araras), Orley Camargo Schimidt (antigo morador em Araras), Otacílio Quirino Dias (administrador da Fazenda Montevidéo).
“Como se vê a obra é um estudo aprofundado de um período da história de Araras e por isso tem grande importância para a nossa cidade, que pode conhecer mais de sua origem política, econômica e social”, concluiu o vereador ao fazer-lhe a homenagem.
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Publicado em: 07/11/2007 11:51:00

Publicado por: Imprensa