Mais duas empresas tiveram seus representantes questionados na tarde desta quinta-feira (20) em função dos trabalhos da CEI da Escola “Ettore Zuntini”. Foram ouvidos Adeivo Alves Moreira, proprietário da empresa Serviços e Instalações Alves Ltda, da cidade de São Paulo, e responsável pela colocação das esquadrias metálicas, e Marco Aurélio de Felício Daher, da Construtora Mega Colina, da cidade de Colina/SP, empresa responsável pela cobertura do prédio.
Esta CEI foi instaurada com o objetivo de apurar possíveis irregularidades na licitação, projeto, construção e inauguração da Escola Municipal Especial “Ettore Zuntini”. A unidade, inaugurada no dia 30 de dezembro do ano passado, não está funcionado por vários problemas estruturais. Ela está localizada na Avenida José Marques da Silva, antigo Centro de Lazer do Trabalhador “Ettore Zuntini”.
Integram a CEI os vereadores Derci Tófolo (DEM) - presidente, Eduardo de Moraes (PP) – a quem caberá fazer o relatório conclusivo, e Breno Cortella (PT) – como membro.
Esquadrias
Adeivo Alves Moreira foi o primeiro a ser questionado. Ele disse ter participado do Pregão Eletrônico em 2007 e logo adiantou que já atua, junto à atual administração, para corrigir as falhas na esquadria em função da má execução da construção civil.
O empresário admitiu que perdeu tempo e dinheiro em função do que chama de “ingerência” da obra. Foi necessário, segundo ele, refazer várias etapas. Para isso, conforme aponta o contrato, ele recebeu R$ 180 mil. Mas disse ter solicitado um aditivo para resolver os problemas encontrados. Porém, ele não foi atendido e sim solicitado a devolver cerca de R$ 16 mil, o que ele não fez após negociação com um advogado.
Moreira explicou que na prática encontrou divergência na medida dos vãos, o que justifica a ausência de esquadria em algumas portas por incompatibilidade nas medidas. “A única saída foi ajustar. Desmontamos e montamos a peça que veio pronta de São Paulo. Mesmo assim, não foi possível resolver tudo”, completou.
O empresário ainda relatou tentativa de roubo de peças e a intervenção da Guarda Municipal para coibir essas ocorrências. “Em função disso tivemos que trabalhar com várias peças amassadas. Nunca vi uma obra tão complicada”, emendou Moreira.
No final, o empresário lamentou participar da CEI para discutir os problemas encontrados na escola.
Cobertura
Na segunda parte da reunião, Marco Aurélio de Felício Daher, falou sobre as obras realizadas na cobertura da escola especial. Logo no início, ele informou que foi convidado a executar serviços que não eram de responsabilidade de sua empresa.
A princípio, a Mega Colina foi contratada apenas para a colocação da estrutura metálica na cobertura do prédio, o que segundo Daher foi feito da forma correta. Entre os serviços extras, executados pela empresa, está a pintura dessa estrutura, atividade que não foi remunerada e espera receber. Para isso, a empresa acionou judicialmente a Prefeitura de Araras.
Já o pagamento para o serviço contratado (R$ 260 mil) deveria ter sido feito em duas vezes, sendo a última no final da obra. Mas, de acordo com o empresário, a metade final foi fracionada e recebida após três meses.
Próxima etapa
Os vereadores que integram a CEI agendaram novo compromisso para a próxima semana. Na sexta-feira, às 14 horas, serão convidados a prestar esclarecimentos os responsáveis pelos serviços de instalação hidro-sanitária e pluvial, instalação elétrica interna e colocação de calha.
Para 2 de setembro eles aguardam a presença dos representantes da empresa que realizou a colocação do gradil de fechamento com mureta, empresa com sede na cidade de São Vicente/SP.
Também será novamente convocado o representante da empresa Antonio Itamar de Lima ME, de Tietê/SP, cujo contrato seria para a compra de gramas – 30 mil metros, conforme consta em uma nota fiscal encaminhada pela Prefeitura. Ele deveria ter comparecido na reunião última terça-feira, o que não ocorreu.
