No dia 25 de agosto o Exército Brasileiro comemora o Dia do Soldado. A data marca o aniversário de nascimento do Marechal Luis Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, patrono do Exército. Por essa ocasião a Câmara Municipal de Araras vai realizar uma sessão solene em homenagem aos atiradores do Tiro de Guerra 02-053 de Araras. A cerimônia acontece na sexta-feira, às 19 horas, no plenário da Câmara de Araras.
Este momento foi uma solicitação encaminhada à Câmara Municipal de Araras pelo Tiro de Guerra 02-053 da cidade, a pedido do Comando da Região Militar. O pedido foi prontamente atendido pelo vereador Irineu Norival Maretto (PMDB), presidente da Câmara Municipal de Araras, que estará à frente da sessão. “São eles os herdeiros de uma história de luta, ordem e progresso que ajudaram a desenvolver o nosso país e hoje se destacam por integrar essa escola de civismo e cidadania”, declara o vereador.
Atualmente 100 atiradores cumprem a instrução, diariamente, em Araras. O Tiro de Guerra é uma organização militar destinada a formar reservistas de 2ª categoria, com ênfase na formação do cidadão.
Durante a cerimônia várias homenagens deverão acontecer. Dois atiradores serão agraciados pelo desempenho apresentado durante um concurso literário realizado pelos instrutores do Tiro de Guerra. Homenagens também aos colaboradores do TG da cidade e ao 1º Sargento Ricardo Barbosa Mena que receberá a “Medalha da Paz”.
Com nuances de cerimônia militar, todos os atiradores deste ano deverão estar presentes. Juntos eles vão conduzir o Hino Nacional Brasileiro e também o Hino a Caxias.
“Vai ser um momento histórico e diferente para a Câmara de Araras. Embora só agora essa homenagem aconteça, é reconhecido o trabalho que os atiradores, de cada anos, sempre fizeram pela nossa cidade”, conclui Maretto.
Duque de Caxias
Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nasceu em 25 agosto de 1803, na fazenda de São Paulo, no Taquaru, Vila de Porto da Estrela, na Capitania do Rio de Janeiro quando o Brasil era vice Reino de Portugal. Hoje, é o local do Parque Histórico Duque de Caxias, no município de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro.
Em 22 de maio de 1808, época em que a Família Real Portuguesa transfere-se para o Brasil, Luís Alves é titulado Cadete de 1ª Classe, aos 5 anos de idade.
Pouco se sabe da infância de Caxias. Sabe-se que estudou no convento São Joaquim, onde hoje se localiza o Colégio D.Pedro II. Em 1818, aos quinze anos de idade, matriculou-se na Academia Real Militar, de onde egressou, promovido a Tenente, em 1821, para servir no 1º Batalhão de Fuzileiros, unidade de elite do Exército do Rei.
Em 1837, já promovido a Tenente Coronel, Caxias é escolhido "por seus descortino administrativo e elevado espírito disciplinador" para pacificar a Província do Maranhão, onde havia iniciado o movimento da Balaiada. Em 18 de julho de 1841, em atenção aos serviços prestados na pacificação do Maranhão, foi-lhe conferido o título nobiliárquico de Barão de Caxias. Por quê Caxias? "Caxias simbolizava a revolução subjugada. Essa princesa do Itapicuru havia sido mais que outra algema afligida dos horrores de uma guerra de bandidos; tomada e retomada pelas forças imperiais, e dos rebeldes várias vezes, foi quase ali que a insurreição começou, ali que se encarniçou tremenda; ali que o Coronel Luís Alves de Lima e Silva entrou, expedindo a última intimação aos sediciosos para que depusessem as armas; ali que libertou a Província da horda de assassinos. O título de Caxias significava portanto: - disciplina, administração, vitória, justiça, igualdade e glória", explica o seu biógrafo Padre Joaquim Pinto de Campos.
Posteriormente foi nomeado Comandante do Exército pacificador na região de Minas Gerais. Mesmo com carta branca para agir contra os revoltosos, marcou sua presença pela simplicidade, humanidade e altruísmo com que conduzia suas ações.
Em 1853, uma Carta Imperial lhe confere a Carta de Conselho, dando-lhe o direito de tomar parte direta na elevada administração do Estado e em 1855 é investido do cargo de Ministro da Guerra. Liderou o país em 1865 na Guerra da Tríplice Aliança, reunindo Brasil, Argentina e Uruguai contra as forças paraguaias de Solano Lopez. Em 1869, Caxias tem seu título elevado a Duque, mercê de seus relevantes serviços prestados na guerra contra o Paraguai. Eis aí um fato inédito pois Caxias foi o único Duque brasileiro.
Caxias ainda participaria de fatos marcantes da história do Brasil, como a "Questão Religiosa", o afastamento de D. Pedro II e a Regência da Princesa Isabel. Já com idade avançada, Caxias resolve retirar-se para sua terra natal, a Província do Rio de Janeiro, na Fazenda Santa Mônica, na estação ferroviária do "Desengano", hoje Juparaná, próximo à Vassouras. Morreu em 7 de maio de 1880, às 20 horas e 30 minutos.
Em 25 de agosto de 1923 ,a data de seu aniversario natalício passou a ser considerada como o Dia do Soldado do Exército Brasileiro, instituição que o forjou e de cujo seio emergiu como um dos maiores brasileiros de todos os tempos. Ele prestou ao Brasil mais de 60 anos de excepcionais e relevantes serviços como político e administrador público de contingência e como soldado de vocação e de tradição familiar, a serviço da unidade, da paz social, da integridade e da soberania do Brasil Império.
O Decreto do Governo Federal de 13 de março de 1962 imortalizou nome do invicto Duque de Caxias como o Patrono do Exército Brasileiro.