Com 659 votos a geração de emprego foi a resposta mais apontada pelos internautas do site da Câmara de Araras (www.camara-araras.sp.gov.br) quando perguntados na enquête sobre qual deveria ser a prioridade da administração municipal em 2007. Em segundo lugar ficou habitação, com 104 votos.
A pesquisa foi feita durante todo o mês de novembro, período em que o Projeto de Lei que define o Orçamento 2007 estava na Câmara para ser apreciado e votado pelos vereadores. Foram dez opções de resposta: cultura, educação, esporte, geração de emprego, habitação, meio ambiente, saúde, segurança, transporte e turismo.
O esporte foi o tema menos abordado, com apenas 3 votos, seguido de transporte (7 votos) e cultura (10 votos). Educação recebeu a indicação de 18 internautas, um voto a menos que saúde (19 votos). Na seqüência aparece segurança e turismo, com 28 votos cada, e meio ambiente, com 48 votos.
De acordo com o jornalista Rafael Faria, assessor de comunicação da Câmara, e responsável pela administração do site, por enquanto é possível que o mesmo internauta participe da enquête várias vezes em um único dia. “Foi por esse motivo que a resposta turismo chegou a apresentar até o dobro de votos da resposta geração de emprego”, apresenta. Com a ajuda do suporte técnico da empresa que criou o site foi possível mensurar as respostas e admitir um número médio para um assunto que naturalmente não é tão relevante como outras sugestões de respostas apresentadas. “Para a próxima enquête essa situação vai ser resolvida, mas não vejo que isso tenha atrapalhado essa pesquisa e nem mesmo as outras já realizadas”, completa.
Realidade Nacional
Sobre o resultado, o vereador Irineu Norival Maretto (PMDB), presidente da Câmara, disse não estar surpreso. “Esse é um problema social não apenas de Araras, mas do país”. Um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado nesta semana mostrou que a taxa de desemprego caiu em toda a América Latina, mas cresceu no Brasil. Apesar disso, o Panorama Laboral 2006, relatório do órgão sobre a situação do mercado de trabalho, mostrou avanços na diminuição das desigualdades dos rendimentos dos trabalhadores brasileiros e da renda. Os dados referem-se aos três primeiros trimestres deste ano em relação a igual período de 2005.
O desemprego entre os adolescentes de 15 a 17 anos, no Brasil, diminuiu para 33,1%, contra os 34,0% do terceiro trimestre do ano anterior; enquanto que entre os jovens de 18 a 24 anos a taxa elevou-se ligeiramente para 21,5%, em relação aos 21,1% de 2004, no mesmo período.
"Embora o país venha reduzindo suas taxas de informalidade, basicamente através da expressiva criação e formalização de postos de trabalho com carteira assinada, a informalidade no país atinge 46,6% dos homens e 52,4% das mulheres", diz o estudo.
O Panorama Laboral destaca ainda que, na América Latina, apesar dos avanços observados, a porcentagem de emprego no setor informal ainda é alta: corresponde a 48,5% do total de ocupados urbanos. Por sua vez, cinco de cada dez novas ocupações nas zonas urbanas da América Latina e do Caribe entre 2002 e 2005 foram geradas na economia informal.
A taxa de desemprego urbano no terceiro trimestre de 2006 diminuiu em quase todos os países da região. As maiores quedas ocorreram na Venezuela (12,9% a 10,4%), Honduras (7,1% a 5,2%), Panamá (12,1% a 10,4%), Argentina (12,1% a 10,7%), Colômbia (14,6% a 13,3%) e Peru (10,1% a8,8%). Os países que tiveram reduções modestas foram Equador (11,1% a 10,3%), México (4,9% a 4,6%) e Chile (8,4% a 8,3%). A taxa de desemprego urbano se manteve igual no Uruguai (12,2%).
“Atualmente existem políticas públicas no município para o desenvolvimento econômico. Temos um novo distrito industrial sendo criado na Rodovia Anhanguera. No entanto é preciso que também tenhamos mão de obra capacitada. O desenvolvimento deve acontecer em cadeia, e não depende apenas da Prefeitura”, completa Maretto.
Compras
Encerrada mais uma enquête, a terceira desde que o novo site foi disponibilizado, uma nova pesquisa está no ar. A Câmara de Araras quer saber se o consumidor costuma fazer suas compras de natal no comércio local. Como opções de resposta são dadas apenas duas opções: sim e não. A expectativa da Assessoria de Comunicação é que essa enquête fique no ar até o final de dezembro.