O trabalho feito em Araras pelos Vicentinos foi lembrado na sessão desta segunda-feira pelo vereador Irineu Norival Maretto (PMDB), presidente da Câmara Municipal. O presidente local da entidade (Sociedade de São Vicente de Paulo), Airton Zambom, foi chamado a receber uma moção de congratulações pelos serviços voluntários prestados, pela caridade e atenção aos hospitais, casa de idosos, creches e lares da cidade.
“Como vereador e presidente desta casa de leis, é sempre uma satisfação realizar sessões que reconhecem o trabalho de alguém, clubes ou entidades que prezam pela dedicação e trabalho para nossa Araras. Sabemos que a entrega de uma moção, nada mais é do que o reconhecimento, uma demonstração da nossa gratidão com todos aqueles que, de alguma forma, colaboraram para o crescimento e o desenvolvimento da nossa comunidade”, explicou o vereador.
A Sociedade São Vicente de Paulo, que atua nas nossas comunidades, estando presente em todos os bairros, proporcionando amor e caridade aos mais necessitados. Estão presentes em 135 paises e ao longo dos seus 134 anos de Brasil, a sociedade já soma 250 mil membros, que representa 50% do total mundial. “É um número expressivo que demonstra o caráter e responsabilidade dessa digna entidade que sempre trabalha na imparcialidade como exemplo de cidadania”, completou Maretto.
Airton Zambom agradeceu a homenagem e lembrou que esse trabalho é feito em Araras há 50 anos. “Uma missão que não vê raça, nem credo. Nosso olhar é para os menos favorecidos, principalmente”, disse fazendo menção a uma frase do fundador da entidade: “Deus não fez os pobres. Foi a liberdade humana que os fez”.
Exemplo
Fundada em 1833, em Paris, por Antonio Frederico Ozanam, então estudante com 20 anos de idade, e alguns jovens amigos, eles sentiram com Emanuel Bailly, o mais idoso, a inspiração de se unirem para o serviço aos pobres, da maneira mais humilde e discreta, no âmbito de sua vida familiar e profissional dos leigos.
Sentiam, primeiramente, a necessidade de dar testemunho de sua fé cristã, mais por atos que com palavras. Consideravam como seus irmãos os infelizes, quaisquer que fossem eles e a espécie de seu sofrimento.
Desde que entraram em contato pessoal com os pobres, perceberam que a caridade é inseparável das exigências da justiça. Na medida a seu alcance, reivindicaram-na para os pobres. Mas, se nem sempre é possível obter justiça aqui na Terra, quiseram fazer, ao menos, o que dependia dos próprios, simples estudantes: dar, pessoalmente, aquilo que o mais pobre pode dar, a partilha do seu tempo, de seus modestos recursos, de sua presença, de seu diálogo, e tudo o que pode ser feito para tentar ajudar eficazmente.
Partindo daí, pareceu-lhes que para compreender os pobres é preciso primeiramente ser pobre com eles.
Assim vivida, aquela que ia tornar-se a Sociedade de São Vicente de Paulo, não podia senão chamá-los ao aprofundamento de sua vida espiritual.
Viver em contato pessoal com os que sofrem, viver unidos em comum e com tal espírito, é a própria essência, o caráter original da Sociedade de São Vicente de Paulo.