A Câmara Municipal de Araras realizará no dia 19 de novembro, próxima sexta-feira, Sessão Solene pelo “Dia da Consciência Negra”. Para a ocasião, estão previstas homenagens a pessoas e profissionais que em sua trajetória de vida dedicam-se à questão da igualdade racial, além de prestarem relevantes serviços à sociedade.
O evento será realizado na véspera do feriado de 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. A data lembra o aniversário da morte de Zumbi dos Palmares, líder negro que resistiu à opressão dos mecanismos de escravatura; e convida à uma reflexão sobre a temática da opressão sofrida pelos afro-descendentes no passado e a insistência do preconceito racial ainda nos dias de hoje.
Integrantes e representantes do Movimento Negro em Araras estão participando da organização do evento, juntamente com os vereadores Valdemir Gomes-Mami (PT), responsável pelo requerimento para que houvesse a solenidade, e Breno Zanoni Cortella (PT), autor da Lei 4.258, de 09 de julho de 2009, que institui o Dia 20 de novembro – Dia da Consciência Negra – Feriado Municipal em Araras, a exemplo do que acontece em outros municípios brasileiros.
O evento contará ainda com a participação do sociólogo Oswaldo Rafael Pinto, que falará sobre a questão da igualdade racial e outros assuntos relacionados ao Movimento Negro Brasileiro. Convites para o evento estarão sendo enviados pela internet. A cerimônia é aberta a todos e não requer a apresentação de convites para participar.
Agenda
Sessão Solene pelo Dia da Consciência negra
Data: 19 de novembro – Sexta-feira
Horário: 20 horas
Local: Plenário “Vereador Bruno Moysés Batistela” – Câmara Municipal de Araras
Endereço: Av. Zurita, 181 – Belvedere – Araras-SP
História
Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de
1655, mas foi capturado e entregue a um
missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado 'Francisco', Zumbi recebeu os
sacramentos, aprendeu
português e
latim, e ajudava diariamente na celebração da
missa. Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em
1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte e poucos anos.
Por volta de
1678, o governador da
Capitania de Pernambuco cansado do longo conflito com o Quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares,
Ganga Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da
Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita, mas Zumbi rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se o novo líder do quilombo de Palmares.
Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o
bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em
6 de fevereiro de
1694 a capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido. Apesar de ter sobrevivido, foi traído por Antonio Soares, e surpreendido pelo capitão
Furtado de Mendonça em seu reduto (talvez a
Serra Dois Irmãos). Apunhalado, resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em
20 de novembro de
1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador Melo e Castro. Em
Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.
Em
14 de março de 1696 o governador de
Pernambuco Caetano de Melo e Castro escreveu ao Rei:
"Determinei que pusessem sua cabeça em um poste no lugar mais público desta praça, para satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que supersticiosamente julgavam Zumbi um imortal, para que entendessem que esta empresa acabava de todo com os Palmares." (Fonte: Wikipédia: A enciclopédia livre)